Resolver Questões Estude resolvendo o conjunto de questões
CESGRANRIO 2019 A CASA DAS QUESTÕES Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais
desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos
mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a
uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente
se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de
smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos
sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a
explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso
processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir
necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como
sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última
necessidade citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que
momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto
que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do
nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja,
não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação
de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso
cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem
vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a
situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade ––
as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em
relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum
aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de
comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito
momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu
cartão de crédito com a nova compra.
O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você
decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
Segundo as exigências da norma-padrão da língua portuguesa, o pronome destacado foi
utilizado na posição correta em
CESGRANRIO 2019 A CASA DAS QUESTÕES Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais
desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos
mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a
uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente
se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de
smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos
sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a
explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso
processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir
necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como
sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última
necessidade citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que
momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto
que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do
nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja,
não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação
de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso
cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem
vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a
situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade ––
as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em
relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum
aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de
comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito
momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu
cartão de crédito com a nova compra.
O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você
decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
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Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total, parte cada vez maior vive
nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois
terços da população mundial será urbana.
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. É preciso, então, que questões
de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser discutidas.
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como resultado, os moradores de
grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com congestionamentos insuportáveis, que causam enormes
perdas. Isso, sem falar no alto índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do
automóvel como meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana.
É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e
adequados de ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis,
onde a maior parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte
não motorizado para nos locomovermos.
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: . Acesso em: 9 jul. 2018.
Glossário:
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma
cidade.
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida, para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços
públicos.
O quarto parágrafo do texto aborda
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Água — a economia que faz sentido
A água é um recurso finito e não tão abundante quanto pode parecer; por isso deve ser economizada. Essa é
uma noção que só começou a ser difundida nos últimos anos, à medida que os racionamentos se tornaram
mais urgentes e necessários, até mesmo no Brasil, que é um dos países com maior quantidade de reservas
hídricas — cerca de 15% do total da água doce do planeta. Não é por acaso que cada vez mais pessoas e
organizações estão se unindo em defesa de seu uso racional. Segundo os cientistas da Organização das
Nações Unidas (ONU), no século 20 o uso da água cresceu duas vezes mais que a população. A situação é tão
preocupante que existe quem preveja uma guerra mundial originada por disputas em torno do precioso
líquido.
Para não se chegar a esse ponto, a saída é poupar — e o esforço tem de ser
coletivo. “São questões de comportamento que se encontram no centro da crise”,
diz o relatório da ONU sobre água no mundo. A ideia de que sobra água se deve
ao fato de que ela ocupa 70% da superfície terrestre. Mas 97,5% desse total é
constituído de água salgada. Dois terços do restante se encontram em forma de
gelo, nas calotas polares e no topo de montanhas. Se considerarmos só o estoque
de água doce renovável pelas chuvas, chegamos a 0,002% do total mundial.
Mesmo a suposta fartura hídrica do Brasil é relativa. A região Nordeste, com 29% da população, conta com
apenas 3% da água, enquanto o Norte, com 7% dos habitantes, tem 68% dos recursos. Até na Amazônia, pela
precária infraestrutura, há pessoas não atendidas pela rede de distribuição. Portanto, a questão muitas vezes
não se resume à existência de água, mas às condições de acesso a um bem que deveria ser universal.
Somados os dois problemas, resulta que 40% da população mundial não contam com abastecimento de
qualidade. Cinco milhões de crianças morrem por ano de doenças relacionadas à escassez ou à contaminação
da água. Sujeira é o que não falta: 2 milhões de toneladas de detritos são despejados em lagos, rios e mares no
mundo todo dia, incluindo lixo químico, lixo industrial, dejetos humanos e resíduos de agrotóxicos.
Segundo o texto, uma causa de contaminação da água no mundo é a(o)
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Memórias Póstumas de Brás Cubas
Lobo Neves, a princípio, metia-me grandes sustos. Pura ilusão! Como adorasse a mulher, não se vexava de mo
dizer muitas vezes; achava que Virgília era a perfeição mesma, um conjunto de qualidades sólidas e finas,
amorável, elegante, austera, um modelo. E a confiança não parava aí. De fresta que era, chegou a porta
escancarada. Um dia confessou-me que trazia uma triste carcoma na existência; faltava-lhe a glória pública.
Animei-o; disse-lhe muitas coisas bonitas, que ele ouviu com aquela unção religiosa de um desejo que não
quer acabar de morrer; então compreendi que a ambição dele andava cansada de bater as asas, sem poder
abrir o voo. Dias depois disse-me todos os seus tédios e desfalecimentos, as amarguras engolidas, as raivas
sopitadas; contou-me que a vida política era um tecido de invejas, despeitos, intrigas, perfídias, interesses,
vaidades. Evidentemente havia aí uma crise de melancolia; tratei de combatê-la.
— Sei o que lhe digo, replicou-me com tristeza. Não pode imaginar o que tenho
passado. Entrei na política por gosto, por família, por ambição, e um pouco por
vaidade. Já vê que reuni em mim só todos os motivos que levam o homem à vida
pública; faltou-me só o interesse de outra natureza. Vira o teatro pelo lado da
plateia; e, palavra, que era bonito! Soberbo cenário, vida, movimento e graça na
representação. Escriturei-me; deram-me um papel que... Mas para que o estou a
fatigar com isto? Deixe-me ficar com as minhas amofinações. Creia que tenho
passado horas e dias... Não há constância de sentimentos, não há gratidão, não há
nada... nada.... nada...
Calou-se, profundamente abatido, com os olhos no ar, parecendo não ouvir coisa nenhuma, a não ser o eco
de seus próprios pensamentos. Após alguns instantes, ergueu-se e estendeu-me a mão: — O senhor há de
rir-se de mim, disse ele; mas desculpe aquele desabafo; tinha um negócio, que me mordia o espírito. E ria, de
um jeito sombrio e triste; depois pediu-me que não referisse a ninguém o que se passara entre nós;
ponderei-lhe que a rigor não se passara nada. Entraram dois deputados e um chefe político da paróquia. Lobo
Neves recebeu-os com alegria, a princípio um tanto postiça, mas logo depois natural. No fim de meia hora,
ninguém diria que ele não era o mais afortunado dos homens; conversava, chasqueava, e ria, e riam todos.
Em português, o acento grave indica a contração de dois “a” em
um só, em um processo chamado crase, e está corretamente empregado
em
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O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais
desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos
mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a
uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente
se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de
smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos
sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a
explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso
processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir
necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como
sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última
necessidade citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que
momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto
que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do
nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja,
não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação
de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso
cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem
vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a
situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade ––
as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em
relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum
aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de
comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito
momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu
cartão de crédito com a nova compra.
O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você
decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
De acordo com o texto, o “vício tecnológico” pode ser explicado por
CESGRANRIO 2019 A CASA DAS QUESTÕES Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais
O vício da tecnologia
Entusiastas de tecnologia passaram a semana com os olhos voltados para uma exposição de novidades
eletrônicas realizada recentemente nos Estados Unidos. Entre as inovações, estavam produtos relacionados a
experiências de realidade virtual e à utilização de inteligência artificial — que hoje é um dos temas que mais
desperta interesse em profissionais da área, tendo em vista a ampliação do uso desse tipo de tecnologia nos
mais diversos segmentos.
Mais do que prestar atenção às novidades lançadas no evento, vale refletir sobre o motivo que nos leva a
uma ansiedade tão grande para consumir produtos que prometem inovação tecnológica. Por que tanta gente
se dispõe a dormir em filas gigantescas só para ser um dos primeiros a comprar um novo modelo de
smartphone? Por que nos dispomos a pagar cifras astronômicas para comprar aparelhos que não temos
sequer certeza de que serão realmente úteis em nossas rotinas?
A teoria de um neurocientista da Universidade de Oxford (Inglaterra) ajuda a
explicar essa “corrida desenfreada” por novos gadgets. De modo geral, em nosso
processo evolutivo como seres humanos, nosso cérebro aprendeu a suprir
necessidades básicas para a sobrevivência e a perpetuação da espécie, tais como
sexo, segurança e status social.
Nesse sentido, a compra de uma novidade tecnológica atende a essa última
necessidade citada: nós nos sentimos melhores e superiores, ainda que
momentaneamente, quando surgimos em nossos círculos sociais com um produto
que quase ninguém ainda possui.
Foi realizado um estudo de mapeamento cerebral que mostrou que imagens de produtos tecnológicos ativavam partes do
nosso cérebro idênticas às que são ativadas quando uma pessoa muito religiosa se depara com um objeto sagrado. Ou seja,
não seria exagero dizer que o vício em novidades tecnológicas é quase uma religião para os mais entusiastas.
O ato de seguir esse impulso cerebral e comprar o mais novo lançamento tecnológico dispara em nosso cérebro a liberação
de um hormônio chamado dopamina, responsável por nos causar sensações de prazer. Ele é liberado quando nosso
cérebro identifica algo que represente uma recompensa.
O grande problema é que a busca excessiva por recompensas pode resultar em comportamentos impulsivos, que incluem
vícios em jogos, apego excessivo a redes sociais e até mesmo alcoolismo. No caso do consumo, podemos observar a
situação problematizada aqui: gasto excessivo de dinheiro em aparelhos eletrônicos que nem sempre trazem novidade ––
as atualizações de modelos de smartphones, por exemplo, na maior parte das vezes apresentam poucas mudanças em
relação ao modelo anterior, considerando-se seu preço elevado. Em outros casos, gasta-se uma quantia absurda em algum
aparelho novo que não se sabe se terá tanta utilidade prática ou inovadora no cotidiano.
No fim das contas, vale um lembrete que pode ajudar a conter os impulsos na hora de
comprar um novo smartphone ou alguma novidade de mercado: compare o efeito
momentâneo da dopamina com o impacto de imaginar como ficarão as faturas do seu
cartão de crédito com a nova compra.
O choque ao constatar o rombo em seu orçamento pode ser suficiente para que você
decida pensar duas vezes a respeito da aquisição.
Considere a seguinte frase: “Os lançamentos tecnológicos a que o autor se refere podem
resultar em comportamentos impulsivos nos consumidores desses produtos”. A utilização da
preposição destacada a é obrigatória para atender às exigências da regência do verbo “referir-se”, de
acordo com a norma-padrão da língua portuguesa. É também obrigatório o uso de uma preposição
antecedendo o pronome que destacado em
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Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total, parte cada vez maior vive
nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois
terços da população mundial será urbana.
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. É preciso, então, que questões
de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser discutidas.
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como resultado, os moradores de
grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com congestionamentos insuportáveis, que causam enormes
perdas. Isso, sem falar no alto índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do
automóvel como meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana.
É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e
adequados de ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis,
onde a maior parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte
não motorizado para nos locomovermos.
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: . Acesso em: 9 jul. 2018.
Glossário:
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma
cidade.
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida, para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços
públicos.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, o acento grave
indicativo da crase é obrigatório na palavra destacada em
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Mobilidade e acessibilidade desafiam cidades
A população do mundo chegou, em 2011, à marca oficial de 7 bilhões de pessoas. Desse total, parte cada vez maior vive
nas cidades: em 2010, esse contingente superou os 50% dos habitantes do planeta, e até 2050 prevê-se que mais de dois
terços da população mundial será urbana.
No Brasil, a população urbana já representa 84,4% do total, de acordo com o Censo 2010. É preciso, então, que questões
de mobilidade e acessibilidade urbana passem a ser discutidas.
No passado, a noção de mobilidade era estreitamente ligada ao automóvel. Hoje, como resultado, os moradores de
grande maioria das cidades brasileiras lidam diariamente com congestionamentos insuportáveis, que causam enormes
perdas. Isso, sem falar no alto índice de mortes em vias urbanas do país. Depreendemos daí que a dependência do
automóvel como meio de transporte é um fator que impede a mobilidade urbana.
É importante investir em infraestrutura pedestre, cicloviária e em sistemas mais eficazes e
adequados de ônibus. Ao mesmo tempo, podemos desenvolver cidades mais acessíveis,
onde a maior parte dos serviços esteja próxima às moradias e haja opções de transporte
não motorizado para nos locomovermos.
BROADUS, V. Portal Mobilize Brasil. 16 jul. 2012. Disponível em: . Acesso em: 9 jul. 2018.
Glossário:
Mobilidade urbana – É a facilidade de locomoção das entre as diferentes zonas de uma
cidade.
Acessibilidade urbana – É a garantia de condições às pessoas portadoras de deficiência ou
com mobilidade reduzida, para a utilização, com segurança e autonomia, dos espaços
públicos.
A vírgula está empregada de acordo com a norma-padrão da língua
portuguesa em
CESGRANRIO 2019 A CASA DAS QUESTÕES Interpretação, Compreensão, Tipologia e Gêneros Textuais
Água — a economia que faz sentido
A água é um recurso finito e não tão abundante quanto pode parecer; por isso deve ser economizada. Essa éuma noção que só começou a ser difundida nos últimos anos, à medida que os racionamentos se tornarammais urgentes e necessários, até mesmo no Brasil, que é um dos países com maior quantidade de reservashídricas — cerca de 15% do total da água doce do planeta. Não é por acaso que cada vez mais pessoas eorganizações estão se unindo em defesa de seu uso racional. Segundo os cientistas da Organização dasNações Unidas (ONU), no século 20 o uso da água cresceu duas vezes mais que a população. A situação é tãopreocupante que existe quem preveja uma guerra mundial originada por disputas em torno do preciosolíquido.
Para não se chegar a esse ponto, a saída é poupar — e o esforço tem de sercoletivo. “São questões de comportamento que se encontram no centro da crise”,diz o relatório da ONU sobre água no mundo. A ideia de que sobra água se deveao fato de que ela ocupa 70% da superfície terrestre. Mas 97,5% desse total éconstituído de água salgada. Dois terços do restante se encontram em forma degelo, nas calotas polares e no topo de montanhas. Se considerarmos só o estoquede água doce renovável pelas chuvas, chegamos a 0,002% do total mundial.
Mesmo a suposta fartura hídrica do Brasil é relativa. A região Nordeste, com 29% da população, conta comapenas 3% da água, enquanto o Norte, com 7% dos habitantes, tem 68% dos recursos. Até na Amazônia, pelaprecária infraestrutura, há pessoas não atendidas pela rede de distribuição. Portanto, a questão muitas vezesnão se resume à existência de água, mas às condições de acesso a um bem que deveria ser universal.
Somados os dois problemas, resulta que 40% da população mundial não contam com abastecimento dequalidade. Cinco milhões de crianças morrem por ano de doenças relacionadas à escassez ou à contaminaçãoda água. Sujeira é o que não falta: 2 milhões de toneladas de detritos são despejados em lagos, rios e mares nomundo todo dia, incluindo lixo químico, lixo industrial, dejetos humanos e resíduos de agrotóxicos.
No trecho “incluindo lixo químico, lixo industrial, dejetos humanos e resíduos deagrotóxicos.”, as vírgulas são empregadas para separar itens de uma enumeração. Essa mesmafinalidade se verifica em
CESGRANRIO BB Previdência Complementar Aberta – PGBL e VGBL, Produtos de Seguro e Vida, Produtos e Serviços Bancários
Uma cliente bancária está decidida a contratar um plano de previdência privada para si. No entanto, ela está em dúvida se seu perfil está mais adequado ao “Plano Gerador de Benefício Livre” – PGBL ou ao “Vida Gerador de Benefício Livre” - VGBL.
Sabendo que a cliente é solteira e que sempre estará isenta de imposto de renda, a escolha adequada seria o: